Em Setembro de 2023, perante estas revelações, a Comissária foi mesmo chamada ao Parlamento Europeu para dar explicações. Mas as explicações que deu foram escassas.
Pouco depois, soube-se que a Europol pretende acesso ilimitado aos dados obtidos através do ChatControl, querendo usá-lo no combate a outros tipos de crime.
Curiosamente, staff da Europol foi contratado pela Thorn.
As investigações revelaram que a Comissão fez campanhas ilegais nas redes sociais. O objectivo seria virar o público contra os governos dos países que se opuseram à proposta da Comissão, incluindo Portugal. Uma flagrante interferência na esfera política dos Estados-membros.
Pior: a campanha recorreu a publicidade direccionada. Excluiu, por exemplo, activistas de privacidade, e - mais difícil de explicar - pessoas com interesse na palavra-chave “Cristianismo”.
A utilização de dados pessoais sensíveis para este fim é proibida pelo RGPD e RSD.
Já por duas vezes o Provedor de Justiça Europeu condenou Comissão, neste tema. Primeiro, por recusar divulgar os consultores técnicos que fizeram a avaliação de impacto; e por esconder do público documentos sobre as reuniões que teve com a Thorn.